“Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus” (Mq 6.8).
Na virada do milênio, esse versículo recebeu grande destaque pela “Rede Miqueias”, um projeto ligado à Aliança Evangélica Mundial. Esse projeto procura despertar o interesse de cristãos na luta contra a pobreza, corrupção e injustiça social, conclamando também políticos a se empenharem nessa luta de transformação da nossa sociedade egoista e consumista.
Como termos humildade?
Fazendo o que já sabemos há séculos, a saber, praticar justiça com uma mão e misericórdia com outra. Lembrando-nos de que a misericórdia triunfa sobre o juízo, ajuda a conciliar os dois (Tg 2.13). Orgulhosos não são bons agentes dessa tarefa e pobres aproveitadores não são melhores do que ricos. Por isso precisa-se de seguidores d’Aquele que disse: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração” (Mt 11.29).
Graças a Deus há inúmeros discípulos de Jesus como esses. De vez em quando alguém é despertado de maneira especial para essas verdades, como o jovem rico, Francisco de Assis. Ele se converteu a Cristo quando a igreja medieval estava no auge do seu poder político e espiritual, mas com muita soberba e abuso de poder. Com razão, a oração dele é lembrada.
Senhor,
Faze de mim um instrumento da Tua paz!
Onde houver ódio – que eu leve o amor,
onde houver ofensa – que eu leve o perdão,
onde houver discórdia – que eu leve a união,
onde houver dúvidas – que eu leve a fé,
onde houver erros – que eu leve a verdade,
onde houver desespero – que eu leve a esperança,
onde houver tristeza – que eu leve a alegria,
onde houver trevas – que eu leve a luz!
Ó Mestre!
faze que eu procure mais
consolar, que ser consolado,
compreender, que ser compreendido,
amar, que ser amado…
pois:
é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a Vida Eterna.
Amém.
De Meditações de um Peregrino, de Frans Leonard Schalkwijk, Cultura Cristã, 2014.