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Filhos da Aliança

“Não tenho maior alegria do que esta, a de ouvir que meus filhos andam na verdade” (3Jo 4).

Pela graça somos filhos da Aliança (Rm 11.17) e Deus prometeu que nossos filhos serão seus discípulos (Is 54.13).

Mas, Senhor, se nem todos querem segui-lo?

De fato, há promessas ricas (Is 44.3), mas também advertências claras (Is 30.15). Filhos menores estão seguros debaixo do sangue do Cordeiro (1Co 7.14), mas os maiores têm de decidir por si (Js 24.15); não há automatismo na aliança da graça. Promessas naturais são incondicionais (Gn 8.22), mas as espirituais são condicionais (Ap 3.20), embora, do lado do Fiel, não menos firmes. Por isso, pais crentes de filhos descrentes devem pleitear nas promessas da aliança (At 2.39).

Cometemos erros na nutrição dos filhos, mas eles cresceram; isso é normal. Assim, devia ser normal que, apesar dos nossos erros, os filhos seguissem ao Senhor. Mas infelizmente não funciona assim. Como pais cometemos erros na educação, e pedimos perdão, inclusive pelos lapsos inconscientes (Sl 19.12). Amemos esses filhos de coração, não os excluindo, mas intercedendo diariamente por eles. Continuemos alegremente, até um pouco despreocupados no bom sentido da palavra, confiando-os à custódia do Fiel. Pois também quando nós pais não possamos ou devamos dizer mais alguma coisa, sabemos que Deus não quer que um deles se perca (2Pe 3.9)! E quando a bateria deles se esgotar, poderão telefonar para o serviço de socorro celeste na estrada terrestre (tel. Sl.50.15) e Ele virá enquanto é dia de salvação (Is 55.6).

De fato, a maior alegria de pais crentes é quando os seus filhos andam na verdade e a maior tristeza é quando isto não ocorre. Talvez fossem arrastados pelo tsunami do relativismo ou cientismo, ou machucados pela vida de outros que se diziam crentes. Qualquer que seja a causa, pais podem ter certeza de que o Senhor não deixa de bater à porta dos seus corações (Ap 3.20), porque Ele os ama muito mais do que qualquer pai ou mãe pode amar…

De Meditações de um Peregrino, de Frans Leonard Schalkwijk, Cultura Cristã, 2014.

Confira mais meditações aqui.

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