“… não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção” (Ef 4.30).
Aqui não diz: “Não irriteis”, mas “Não entristeçais”. Quanto mais amamos uma pessoa, tanto mais nos entristecemos quando lhe acontecem coisas erradas. Deus nos ama! Nenhum crente quer entristecê-Lo, mas pode fazer isso por esquecimento ou distração.
Podemos entristecê-Lo nos esquecendo de quem é Ele. O Espírito Santo não é uma força como a eletricidade, mas uma pessoa com seu próprio pensar, sentir e querer. Não podemos entristecer uma força, mas sim, uma pessoa. Reconhecer isso pode causar até uma revolução na nossa vida. Se o Espírito fosse uma força, eu poderia perguntar: Como posso usá-la? Porém, sobre a Pessoa de Deus tenho de perguntar: Como Ele pode usar-me?
De fato, podemos entristecer o Espírito Santo, nos esquecendo de quem Ele é, mas também, nos esquecendo de onde Ele mora. Sabemos que, pela graça, somos templos dEle, e Ele mora em nossos corações. Mas a pergunta é: como vivemos esse fato na prática? Eu, como morador principal e Ele como o meu inquilino pagando aluguel? Ou será que O entristeci por tratá-Lo apenas como um hóspede temporário? Quem manda na minha casa? Ele entrou para ficar e trabalhar, não para passar umas férias.
O que Ele faz
Também podemos entristecer o Espírito Santo se nos esquecemos do que Ele faz. O seu nome já o diz. Ele entrou para nos santificar: fazer santos (Lv 19.2). Ele é o Espírito de oração, por isso nós O entristecemos quando falamos mal de alguém em vez de orar pela pessoa. Ele é o Espírito da verdade: por isso “Fora!” qualquer mentirinha (Ef 4.25). Ele é o Espírito da paz, por isso, façamos as pazes antes de dormir (v.26). Ele é o Espírito Santo, por isso “Fora!” toda pornografia, esse carrapato infectado (v 29; Gn 4.7). E sobre esse problema, Ele lembrou os apóstolos que mencionassem especificamente a imoralidade sexual na Sua carta aos gentios (At 15.29).
Ó Senhor, ajude-me a não entristecer Teu Espírito Santo!
De Meditações de um Peregrino, de Frans Leonard Schalkwijk, Cultura Cristã, 2014.
