PARA REFLETIR
Buscando a Deus no meio da aflição
Quem foi Lia? Ela é retratada em Gênesis 29.16 – 30.21. Sabemos que era a filha mais velha de Labão e que seus olhos eram sem vida, o que contrastava com a beleza de sua irmã, Raquel. Lia foi rejeitada pelo marido que só se casou com ela porque foi enganado pelo seu pai. Após uma semana de seu casamento, ela teve de dividir o marido com a irmã. Embora fosse um ato culturalmente aceito, Lia foi desprezada. Passou a pensar que não seria amada pelo que era, mas pelo que poderia fazer: dar filhos ao marido. Contudo, os filhos que lhe nasceram não a tiraram do quadro de desprezo e infelicidade.
Seria fácil rotular Lia como a mulher sem brilho no olhar e desprezada, mas ela foi uma mulher que reconheceu o agir de Deus (29.31,33) e o louvou (29.35). Ela recorreu a Deus nos momentos das suas dores emocionais e expectativas frustradas. Ela disse: “O Senhor viu a minha infelicidade”; “O Senhor ouviu que sou desprezada”; “louvarei o Senhor”; “Deus me recompensou” e “Deus me presenteou”. E, ao final, Lia foi a escolhida por Deus para dar à luz Judá, ascendente do rei Davi e do Senhor Jesus; e Jacó escolheu ser enterrado ao seu lado (Gn 49.29,31).
Em nossa trajetória, muitas vezes nos sentimos como Lia e precisamos recorrer ao Senhor. O nosso “Deus tem compaixão, poder e fidelidade abundantes. Ele está sempre em atividade, mesmo por meio do pecado humano. Leve a ele em oração sua situação dolorosa e renda-lhe louvor quando ele o atender”. (Bíblia de Estudo Herança Reformada)