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Primeiros Passos: Lição 2 – A profunda importância da família

Lembro-me de um casal em um dos seminários que ensinei. O homem era muito inteligente, estudante capaz, que parecia devotado a Deus e à sua Palavra. Sua esposa era professora numa escola cristã.

Durante seu primeiro ano no seminário eles sempre eram vistos andando juntos de mãos dadas, mostrando uma intimidade social adequada ao contexto cultural e espiritual. No segundo ano o estudante estava tendo dificuldades em seus estudos. Um dos professores se sentiu impelido pelo Espírito de Deus a falar com ele sobre o assunto. O jovem, respondeu rispidamente: “Como posso saber que o que estou estudando é verdadeiro? Tenho me perguntado o que estou fazendo aqui.” O professor respondeu: “Você parecia tão certo no ano passado.” “Mas não estou mais.” O professor percebeu através do Espírito que esse homem estava tendo problemas na área social ou na área cultural, e que deveria questioná-lo sobre elas. O professor lembrou que ele não tinha visto mais o estudante andando de mãos dadas com sua esposa e então perguntou: “Como vai o seu casamento?” O estudante empalideceu. “O que isso tem a ver com meus estudos?” O professor respondeu: “Tudo! Pode ser a raiz dos seus problemas teológicos e espirituais.” Na discussão que se seguiu, o jovem disse que realmente estava tendo um problema social. Era o seguinte: Quando ele estava no último ano da faculdade, ficou noivo de uma jovem adorável. À medida que começaram a fazer planos para o casamento, assim que ele terminasse a faculdade, eles tiveram uma tremenda disputa. Esta virou uma discussão, que se tornou uma guerra. Eles se separaram, ela devolveu o anel, e ele prosseguiu sua vida. Em um curto período de tempo ela se envolveu com um certo número de pretendentes e, por despeito, logo se casou com outro jovem. Depois que ela se casou, o estudante ficou noivo de uma jovem que ele havia conhecido anteriormente e logo se casou. Esta era sua esposa atual, a professora com quem ele agora vivia. Durante o verão, logo depois do seu primeiro ano de seminário, a primeira noiva desse jovem lhe escreveu dizendo: “Não aguento mais viver com o homem com quem me casei! Ainda amo você. Será que você poderia deixar sua esposa, divorciar-se dela, e eu de meu marido para que possamos nos casar?”

Este era realmente um problema social para ele. Ele gostava de sua esposa, mas queria encontrar seu primeiro amor, aquilo afetou-o tremendamente. Ele não conseguia trabalhar em seu emprego de meio-período como antes, e isto afetou-o culturalmente. Chegou ao ponto de sentir que não poderia mais sentar-se à mesma mesa que sua esposa, muito menos dividir o mesmo quarto. O distanciamento social causou um distanciamento mais sério, o de Deus.

O professor procurou a esposa. Ela estava muito triste. Não podia entender o que estava acontecendo com o homem que ela amava e que havia prometido amá-la. O professor perguntou se ela o amava. Sua resposta foi: “Com todo o meu coração. Qualquer que seja o problema eu espero compreendê-lo, pois sou sua esposa e o amo. Eu não irei deixá-lo, ou traí-lo, eu só quero que nosso relacionamento volte a ser corno era antes”.

Após três semanas o professor conseguiu levar o jovem e sua esposa até seu escritório. Ele pediu à jovem esposa para repetir aquilo que ela havia lhe dito anteriormente. Ela disse a seu marido o quanto o amava, e que não haveria outro homem em sua vida. Então o professor se dirigiu ao jovem e disse: “Você pode rejeitar este amor e devoção? Está pronto para quebrar seus votos matrimoniais por causa de uma carta recebida de uma jovem que foi capaz de romper o noivado com você porque estava brava?” Enquanto o professor falava com o jovem, sua face se mostrava confusa. De repente ele levantou seus olhos, olhou para sua esposa, colocou seus braços ao redor dela e disse: “Me perdoe, eu amo você.” Eles se reconciliaram. O aluno foi muito bem-sucedido na escola o resto do ano. Ele reviveu espiritualmente e seu relacionamento social foi restaurado. Vida é uma unidade. Vida e integração.

Pela graça de Deus, as pessoas que preferem ignorar um ou dois dos relacionamentos parecem prosperar por um tempo. Existem muitas pessoas que ignoram a Deus que parecem bem-ajustadas socialmente e abençoadas culturalmente em suas atividades. Com o tempo, o efeito não será completo. Pela graça de Deus, as pessoas podem ser usadas por ele em seu reino cósmico e receber muitos dos seus benefícios, mas nunca haverá a bênção duradoura. Portanto, nós concluímos dizendo que a família é colocada de maneira tão central que deve ser vista como o pivô no reino cósmico de Deus. Ele colocou a família como sua subgerente e administradora da aliança.

A família da aliança, instruções bíblicas para a vida familiar que honra a Deus, de Gerard e Harriet Van Groningen, Editora Cultura Cristã

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