PARA REFLETIR
A vida para a glória de Deus
Que objetivo elevado é esse! O que poderia ser mais alto? No entanto, esse é o propósito principal de todos nós. Deus merece toda a glória devida ao seu nome (Sl 29.2). Ele mesmo o diz: “O povo que formei para mim, para celebrar o meu louvor” (Is 43.21). Os seres mais felizes são os anjos e os santos glorificados no céu, que glorificam a Deus eternamente. Paulo disse isso com estas palavras: (…)“(…) fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo” (1Co 6.20).
Em primeiro lugar, precisamos ser remidos por Cristo. Por natureza, ficamos aquém da glória de Deus; na verdade, somos seus inimigos (Rm 1.21-23; 3.23). Merecemos vergonha eterna porque não glorificamos a Deus adequadamente. Precisamos ser remidos. Nosso serviço ao pecado precisa acabar, e o sangue e a justiça de Cristo precisam ser aplicados para sermos libertados da penalidade e do poder do pecado (Gl 3.13-14; 5.24). Ele viveu uma vida perfeita que glorificou a Deus sem falha; ele pagou o resgate completo no Calvário. Você foi remido por seu sangue precioso? Sem esse grande Redentor, você está perdido e jamais alcançará o propósito para o qual foi criado.
Em segundo lugar, devemos glorificar a Deus em nosso corpo. Muitos membros da igreja de Corinto estavam voltando para seus pecados carnais. O corpo não foi feito para a prostituição (1Co 6.13), mas para o Senhor. “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo?” (1Co 6.19). Nosso corpo possui uma grande dignidade. Não é lixeira. É templo do Espírito Santo. Por isso, glorifique a Deus em seu corpo.
Usemos nossos olhos corretamente, como Jesus, que se encheu de compaixão quando olhou para a multidão. Desviemos nossos ouvidos das vozes do mundo e ouçamos a Palavra de Deus e o conselho dos santos, mesmo quando for repreensão. Usemos nossos lábios não para maledicência, mas para orar, para falar do Senhor Jesus e para consolar os reprimidos. Usemos nossas mãos não para roubar, mas para trabalhar com diligência e para doar para o bem de outros (Ef 4.28). Usemos nossos pés para ir à casa de Deus, para andar em seus caminhos e para seguir os passos do Senhor Jesus (1Pe 2.21).
Em terceiro lugar, precisamos glorificar a Deus em nosso espírito. Tenhamos pensamentos elevados de Deus, leiamos sua Palavra e submetamo-nos à sua vontade. Confiemos nele, como está escrito sobre Abraão: “não duvidou (…)dando glória a Deus” (Rm 4.20). Demos glória a Deus confessando nossos pecados, como Davi, reconhecendo seus pecados e o Deus que justifica (Sl 51). Demos glória a Deus por meio de uma vida de santidade, conformando-nos ao seu Filho, negando a nós mesmos e tomando sobre nós a nossa cruz. Demos glória a Deus sendo gratos, como o leproso que voltou para agradecer a Jesus (Lc 17.18). Esse é o nosso culto racional, não é (Rm 12.1)?
Ele comprou você com seu sangue precioso, portanto, glorifique-o em seu corpo e em sua alma. Como é triste quando atividades comuns como comer e beber permanecem apenas atividades comuns! Foi assim que viveram nos dias de Noé, engolindo tudo sem honrar o Doador dessas dádivas. Mas Paulo diz que os filhos de Deus devem se distinguir fazendo tudo para a glória de Deus (1Co 10.31).
O segredo? A presença favorável de Deus. Este foi o segredo da vida de José: glorificar a Deus em tempos de provação. Ele estava longe de seus pais, longe da Terra Prometida, mas o Senhor não estava longe dele. Deus estava com ele (Gn 39.2). Ele experimentou a comunhão e a proximidade do Senhor. Poderíamos fazer menos?
Olhemos para o Salvador, que pôde dizer ao Pai: “Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer” (Jo 17.4). Ele dá seu Espírito em resposta à sua oração. “Ajuda-me a fazer a tua vontade.”Bíblia de Estudo Herança Reformada