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Judá, o elo da bênção

“(…) tudo quanto outrora foi escrito, para nosso ensino foi escrito (Rm 15.4).

Um elo importante na linha desde Adão até Apocalipse é o patriarca Judá (Ap 5.5). O diabo quase quebrou esse elo quando Judá, depois da venda de José, se desviou para a cultura pagã de espiritismo e sensualismo (Gn 38). Mundano em tempo, lugar e modo. Descendo de Hebrom para a planície achou “refúgio” na cosmovisão canaanita, estabelecendo um lar longe da aliança com Deus. No decorrer dos anos se tornou “mister sheik” com três filhos homens.

Tamar e a lei

Infelizmente nenhum deles deu lhe muito prazer. O mais velho era perverso e depois de se casar com Tamar “o Senhor o fez morrer”. Pela antiga “lei do cunhado” (levir), o segundo irmão se casou com a viúva, mas, por seu caráter ser idêntico ao primeiro, recebeu o mesmo castigo. Tamar, que por lei deveria se tornar esposa do terceiro foi desprezada; parece que Judá ficou com medo, como se ela fosse a causa do desastre na família.

Depois da morte da esposa de Judá, Tamar tramou um plano canaanita. Durante a festa de tosquiar as ovelhas, Judá viu uma prostituta. Barganhou o preço de um cabrito, mas ela solicitou como penhor os símbolos de sua nobreza – o selo pendurado numa cordinha e seu bastão. Quando quis reavê-los, ela tinha desaparecido. Meses depois descobriu que a dita cuja era sua própria nora, que só escapou duma morte terrível por enviar-lhe a prova do penhor. “Abrolhos, Judá!” Somente então Judá caiu em si (Gn 38.26).

Pela graça, o elo não se rompeu, pois Judá reconheceu seu erro (Pv 28.13). Foi uma conversão real. Não começou a justificar-se, mas cortou com sua vida antiga e voltou para Hebrom com todos os seus, inclusive Tamar e seus meninos gêmeos (Rm 2.4). Sabemos que a bênção foi restaurada, pois um dos gêmeos se tornou o progenitor de Boaz, e assim de Davi e de Cristo (Rt 4.18).

Para Judá foram vinte anos perdidos, mas, graças a Deus, ele sentiu “tristeza segundo Deus” que levou à sua restauração (2Co 7.10)!

Judá, onde estás?

De Meditações de um Peregrino, de Frans Leonard Schalkwijk, Cultura Cristã, 2014.

Confira mais meditações aqui.

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