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Hora silenciosa

“Ele me desperta todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que eu ouça como os alunos [eruditos] (Is 50.4).

Nesse versiculo, quem está falando é o “Servo do Senhor”, pessoa importante na segunda parte da profecia de Isaías. Deus mesmo O apresenta assim: “Eis aqui o meu servo; o meu escolhido, em quem a minha alma se compraz; pus sobre Ele o meu Espírito… Não clamará, nem gritará… Não esmagará a cana quebrada…” (Is 42).Quem seria esse Servo gentil em quem Deus tem prazer?

Identificando-O, diz o Senhor: “Pouco é o seres meu Servo para restaurares as tribos de Jacó…; também te dei como luz para os gentios, para seres a Minha salvação até à extremidade da terra…” (Is 49). Quem será uma bênção até os confins da terra?

Em seguida, Deus faz um apelo: “Quem há entre vós que tema ao Senhor, e ouça a voz do seu Servo que andou em trevas…, e ainda assim… se firmou sobre o seu Deus?” (Is 50).Qual a nossa resposta?

O Servo Justo

Esse Servo Justo “foi traspassado pelas nossas transgressões… Sobre Ele o Senhor fez cair a iniquidade de nós todos… Como cordeiro foi levado ao matadouro… e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos. Ele verá o fruto do penoso trabalho… (e) justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si” (Is 53).

Já há muito tempo reconhecemos que temos aqui o retrato profético do Senhor Jesus, e é Ele que testifica duas vezes que é aluno do Soberano dizendo: “O Senhor Deus me deu língua de alunos, para que eu saiba dizer boa palavra ao cansado”. E enfatiza que Ele é, e permanece, aluno do Fiel que “me desperta todas as manhãs, desperta-me o ouvido, para que eu ouça como os alunos” (Is 50.4).

Se esse erudito Servo do Senhor continua sendo aluno do seu Pai Celeste, diariamente necessitando sua “hora silenciosa” para que, como aprendiz possa ouvir o Seu ensino, quanto mais nós, pequenos servos, que fomos chamados para compartilhar uma palavra de encorajamento aos nossos vizinhos cansados?

“Fala, Senhor, porque o teu servo ouve” (1Sm 3.10).

De Meditações de um Peregrino, de Frans Leonard Schalkwijk, Cultura Cristã, 2014.

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