“… não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção” (Ef 4.30).
Podemos entristecer o Espírito por esquecimento de quem é Ele, mas também nos esquecendo de quem somos. Porque se nosso corpo é templo dEle, nós somos como levitas. Se eu não quiser perdoar, é como se dentro do templo eu agredisse meu irmão por 10 reais depois de ser sido perdoado pelos 100.000 que eu devia (Ef 4.32). Se eu, em pensamento, pecar contra o sétimo mandamento, seria como se estivesse cometendo adultério dentro do santuário. Cada um de nós pode acrescentar algo à sua lista.
Nem sempre percebemos quando O entristecemos. Entretanto, se continuarmos fazendo assim, perderemos a nossa alegria da salvação. Você se queixa de não ter certeza da salvação? Será que devia escutar o Espírito se queixando: “Meu filho, minha filha, você me entristece”. Ele é muito mais sensível ao pecado do que um sismógrafo a um terremoto. Porém, será que Ele nos vai deixar? Não, porque fomos selados para o dia da redenção. Esse selo Deus não quebra (2Co 1.22). Ele não nos abandona, mas pode parecer que, por um tempo, Ele se torne nosso inimigo (Is 63.10). Porém sempre para nosso bem: porque Ele nos ama com eterno amor (Hb 12.6).
O que fazer quando o Espírito me convencer de que O entristeci?
Finalmente, poderemos nos perguntar: o que tenho de fazer quando Ele me convencer de que O entristeci (Jo 16.8)? Se confessarmos o nosso pecado, mencionando concretamente o problema, isso vai nos poupar de muita miséria. E façamo-lo aqui e agora, porque adiar tambem O entristece!
Aprendamos também a agradecer-Lhe pelo perdão. Deus nos convence do pecado para que o confessemos e sejamos perdoados. Depois Satanás nos lembra do pecado para que nos esqueçamos de que fomos perdoados. Esconda-se atrás de Jesus, e diga: “Vai embora Satanás! Meus pecados foram perdoados, não porque sempre sinto isso, mas porque está escrito” (1Jo 1.9).
Ó Senhor, concede que não entristeçamos Teu Espírito, mas que o Senhor possa se alegrar sobre nós. Amém (Sf 3.17).
De Meditações de um Peregrino, de Frans Leonard Schalkwijk, Cultura Cristã, 2014.
