“(…) [uns procuram ser] glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa” (Mt 6.2).
Como somos dependentes de elogios humanos! Porém, a base da nossa felicidade não é essa, mas o fato de sermos filhos de Deus. Ele nos ama, independente dos nossos feitos. Não precisamos provar que somos merecedores para sermos amados por Deus. Ele dá o mesmo elogio ao servo com cinco e com dois talentos, desde que ambos tenham sido fieis (Mt 25.21,23).
Se continuarmos nessa caça a elogios, ficamos como viciados, e pode causar medo de falhar e estresse (1Sm 15.30). Contudo, sabemos que os resultados do trabalho variam dependendo de circunstâncias como cansaço, atritos, etc. Fique na paz, irmão, irmã.
Essa caça pode levar também a uma competição doentia. Pode levar a inflados relatórios de obreiros e sociedades. Ou a tensões entre missionários que precisam levantar seu sustento, pois uns são excelentes obreiros, mas não grandes oradores, outros com facilidade levantam uma fortuna.
Elogio é errado?
De jeito nenhum, como está escrito, “a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada” (Pv 31.30). O Senhor Jesus falou claramente sobre as recompensas (Mt 6.6). Mas se sempre estamos à procura de algum elogio humano, Ele nos lembra de que já ganhamos a nossa recompensa não precisando mais do Senhor (Mt 6.2).
E quando não receber nenhum elogio, não fique desanimado, nem comece elogiar a si mesmo (Pv 27.2). Deixe o resultado na mão do Senhor, sabendo que a Palavra dEle nunca voltará vazia (Is 55.11); só notaremos os frutos de nosso trabalho na eternidade.
Muito importante é lembrar-se dos interesses de outros (1Co 13.5). Por isso não precisa ter medo de fazer um elogio sincero (1Co 11.2), pois pode ser muito útil quando alguém está desanimado. Sim, também no elogiar temos de achar um equilíbrio sábio entre os dois extremos (Ec 3.1).
De Meditações de um Peregrino, de Frans Leonard Schalkwijk, Cultura Cristã, 2014