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Bem-estar: Salmo 1

Salmos é o maior e mais utilizado livro da Bíblia. Era usado por Israel para a adoração individual e pública. Além disso, Salmos pode ser considerado como um “guia para o caminho da bênção”.

Como salmo de abertura, o salmo 1 nos ensina que o propósito do Livro é, em uma palavra, “instrução”. Essa instrução tem dois focos inseparáveis: a instrução para alcançar a felicidade e a instrução para alcançar a santidade.

Mas o que é felicidade? Felicidade é uma vida de bem-estar. Veja a primeira expressão do salmo 1: “Bem-aventurado”. O termo costuma ser associado à felicidade, mas bem-aventurado significa mais do que isso, é ser verdadeiramente feliz, objeto do favor e da graça especiais de Deus. A imagem da árvore no v. 3 nos ajuda a entender melhor a ideia. Bem-aventurado é ser caracterizado pela: (1) vida. A árvore está viva enquanto a palha está morta. (2) persistência. A árvore é plantada e suas folhas nunca murcham enquanto a palha é murcha e dispersa pelo vento (v. 4). (3) propósito. A árvore gera frutos, cumprindo o propósito de sua existência, enquanto a palha, em contraste, para nada serve.

Esse estado de bem-estar é acompanhado de sentimentos de alegria e satisfação. “Bem-aventurado” não é apenas a palavra inicial do salmo inicial, ela também ocorre 28 vezes no Livro dos Salmos. Por isso, somos levados a concluir, que o Livro dos Salmos é um manual de instruções para viver uma vida verdadeiramente feliz.

E como essa vida verdadeiramente feliz é alcançada? A resposta é, em uma palavra, “santidade”. Uma vida santa, de acordo com o Livro dos Salmos, resulta em uma vida feliz. Uma vida santa, é simplesmente uma vida vivida de acordo com as instruções de Deus.

O salmo 1.1-2 afirma, por exemplo, que a felicidade resulta de nos deleitarmos na instrução de Deus e meditarmos nela. Essa conexão entre felicidade e a instrução de Deus é feita em outros salmos (p. ex., 94.12 e 119.1). Esse é o claro ensino de toda a Escritura: “O que atenta para o ensino acha o bem, e o que confia no Senhor, esse é feliz” (Pv 16.20).

A santidade, então, começa com o estudo da Palavra de Deus. Aqueles que estudam e meditam na instrução de Deus são verdadeiramente felizes (Sl 1.2). O estudo e a meditação devem ser seguidos da prática daquilo que foi aprendido (cf. Js 1.8).

Estudar, meditar e viver a instrução de Deus não era uma tarefa penosa para o salmista, mas uma alegria: “Antes, o seu prazer está na lei do Senhor” (Sl 1.2). Mas nem sempre, esse é o sentimento que temos em relação à lei de Deus. Para termos prazer nela não podemos segui-la de modo mecânico. O ideal é que a instrução do Senhor esteja em nosso coração. Diz o salmista: “dentro do meu coração, está a tua lei” (Sl 40.8). E outro, ao falar sobre o justo, afirma: “No coração, tem ele a lei do seu Deus” (Sl 37.31). Onde você está guardando os ensinos do Senhor? Que sentimento nutre em relação a eles?

A vida verdadeiramente feliz e santa é experimentada por aqueles que conhecem, meditam e vivem a Palavra de Deus. Faça deste ano uma oportunidade de desenvolver seu relacionamento com Deus e busque uma vida de bem-estar junto a ele.

Adaptado, do livro Interpretação dos Salmos, de Mark D. Futato, Editora Cultura Cristã.

Eduardo Assis é editor-assistente da Cultura Cristã e pastor-auxiliar da 1ª IP São Bernardo do Campo, SP.

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