“Confiai-vos ao Senhor e vinde ao Seu santuário…” (2Cr 30.8).
No original, essa frase na carta do rei Ezequias diz: “Dá ao Senhor a tua mão!” Um sinal de profunda confiança, como de crianças. Mas as circunstâncias do apelo não eram tão boas! É que a cruel Assíria estava se expandindo para o sul, ameaçando as dez tribos no norte de Israel.
Nessa situação, Ezequias, o jovem príncipe de 25 anos, assumiu o trono em Jerusalém. Isso depois de dezesseis anos de idolatria sob o governo do seu pai Acaz. Mas Ezequias tinha decidido que seria diferente. Começou a limpar o país e restaurar o culto no templo do Senhor. Foi uma época de avivamento real, um sopro do Espírito Santo sobre o povo de Deus.
A última campanha de evangelização
Já no segundo ano, o rei convocou o povo para celebrar a festa da Páscoa, que havia sido negligenciada por muitos anos. Nessa carta oficial se encontra o apelo: “Dá ao Senhor a tua mão!” Mensageiros saíram do palácio real para todas as cidades de Judá, mas também para o reino de Israel. Infelizmente, ali só houvera reis idólatras, de sorte que profetas haviam avisado que o julgamento viria! Mas, por enquanto, era tempo de salvação, pois o rei enviou esse convite no ano 727 antes de Cristo, e a queda de Samaria só ocorreu cinco anos mais tarde. Era um último grande apelo antes do julgamento!
Mas, claro, ninguém sabia que seria a última campanha de evangelização, e quase ninguém atendeu a essa mensagem urgente. Até zombaram. Somente algumas famílias vieram para o sul, inclusive algumas da tribo de Aser, longe de Jerusalém (2Cr 30.11). Será que foi assim que a família da profetisa Ana se salvou da deportação (Lc 2.36)?
Tenho certeza de que meus pais teriam atendido ao apelo desse rei piedoso. Que bênção ter pais crentes (Pv 14.26). E que responsabilidade para pais incrédulos. Dá ao Senhor a tua mão, e confie nas Suas promessas! Ele te salvará, tu e a tua casa, pois a promessa é para você e para seus filhos (At 2.39)! Ainda hoje é o dia da salvação (Hb 3.15)!
De Meditações de um Peregrino, de Frans Leonard Schalkwijk, Cultura Cristã, 2014.