“Sêde sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar. Resisti-lhe firmes na fé” (1Pe 5.8).
Um casal de turistas estava fazendo um safari em Angola. Avistaram um grupo de leões e o marido desceu do carro para tirar fotografias. De repente foi atacado por detrás por um leão e morreu! Os guardas certamente o tinham avisado e sua esposa lhe pedido que não o fizesse. Homem avisado vale por dois, mas era um cabeçudo que pagou o preço.
Cuidado, irmãos, o diabo é ainda o mesmo. Não mexa com coisas perigosas somente por brincadeira. Não deixe a proteção do Leão de Judá, porque a viagem passa por terreno perigoso. Por outro lado não precisa ser medroso demais, mas ser sensato, “sóbrio e vigilante”.
E se você estiver em missão e o diabo atacar?
Não recue, mas resista-lhe firme na fé, usando a espada da Palavra de Deus (Ef 6.17). E quando precisar descansar da luta, procure um lugar seguro. Durante a guerra, meu pai mandou colocar chapas de aço no teto do nosso porão para nos abrigar de ataques aéreos. Debaixo do sangue do Cordeiro estamos seguros (Sl 4.8).
O diabo observa nosso olhar tentado, e de repente pula nas nossas costas. Cada um de nós sabe qual é seu ponto fraco. Por isso minha mãe disse: “Coloque o maior número de soldados nos lugares mais fracos” (Tg 4.7).
Desobediência a Deus é arapuca fatal (Gn 3). O diabo argumenta que não faz mal (1Co 10.13). Num dos livros de C.S. Lewis tem um diálogo no planeta Perelandra. A Dama Verde sabe que o Rei proibiu que ela pousasse em terra firme, apenas em uma ilha. O tentador argumenta que essa lei foi dada para ser desobedecida, pois não dá para entender porque ela seria uma lei boa. Mas o ajudante faz a Dama ver que o Rei deu uma lei desse tipo para ser obedecida: “Onde é que tu podes experimentar a alegria de obedecer a não ser que Ele te mande alguma coisa em relação à qual a única razão de a fazeres seja o Seu mandato?”1
De Meditações de um Peregrino, de Frans Leonard Schalkwijk, Cultura Cristã, 2014.
¹ C.S. Lewis, Perelandra (1965), p.118