Por mais desagradável que a verdade possa ser, a resposta à pergunta “por que pecamos?” é: “Porque amamos o pecado.” Pecamos porque amamos pecar. Re lita sobre o seguinte: Se o pecado não nos atraísse, ele não teria qualquer poder sobre nós. Cedemos ao pecado porque o consideramos atraente, benéfico, prazeroso ou vantajoso (Jo 3.19; Tg 1.13-14). O que dá ao pecado seu controle são as nossas compulsões, não o poder do pecado. O combustível do pecado reside em nossos afetos.
Pecamos não porque não temos nenhum amor por Cristo, mas porque não o amamos acima de tudo.
Uma consciência sensível talvez reaja: “Não, eu amo Jesus. Confesso que peco, mas mesmo assim eu amo Jesus.” Isso pode ser verdade, mas, no momento do erro, amamos mais o pecado. Pecamos não porque não temos nenhum amor por Cristo, mas porque não o amamos acima de tudo.
Como mencionamos acima, nossos pecados nos levam a dizer a Jesus as palavras de um esposo infiel: “Meu amor, eu amo você. Aquela outra conquista não significa nada para mim.” As primeiras palavras são verdadeiras. O esposo em casa é e era amado. Mas as últimas palavras são uma mentira. No momento do pecado, o amor à outra pessoa ou à paixão foi maior.
O pecado conquista seu poder sobre nós não por causa de sua força indomável, mas por causa do nosso coração dividido (Rm 6.12; Gl 5.24).
Texto extraído do livro Graça Ilimitada, de Bryan Chapell, Editora Cultura Cristã.
Bryan Chapell (Ph.D., Southern Illinois University) é pastor titular da Grace Presbyterian Church em Peoria, Illinois. Foi presidente e professor de teologia prática no Covenant Theological Seminary. É muito requisitado como orador em igrejas e conferências em todo o mundo e é o autor de vários livros.