(adaptado da Bíblia de Estudo Herança Reformada)
- Leitura: Salmos 37.1-11
- Cântico: Hino nº 165 “Cuidado divino” do hinário Novo Cântico
- Oração: Neste momento orem entregando seus cuidados e preocupações ao Senhor.
- Leia Habacuque 1: Após a leitura, explique que neste trecho Habacuque expressa sua preocupação por Judá pecar impunemente e questiona a justiça de Deus ao usar os babilônios para castigar Judá.
A oração do profeta (1.2‑4): O profeta demonstra espanto (v. 2) sobre o silêncio e a aparente inatividade do Senhor. Embora não seja justificado, esse é um sentimento comum (Sl 13). Os versos 3‑4 descrevem o estado deplorável da nação, que gerou a pergunta do profeta.
A resposta do Senhor (1.5‑11): Em resposta, o Senhor anuncia que está prestes a fazer algo inacreditável. Suscitar os caldeus ou babilônios era a coisa incrível que Deus estava prestes a fazer para responder à preocupação do profeta.
A oração do profeta (1.12‑17): A segunda oração de Habacuque expõe uma tensão ainda mais profunda em sua alma: o uso que Deus faz dos babilônios entra em conflito com o que o profeta crê sobre o Senhor. A oração revela sua ortodoxia e sua honestidade. Como tal, ela é um padrão inspirado de oração e deve ser imitado.
- Pensamentos para a devoção pessoal/em família
A. A pergunta “por quê?” é muito desconcertante. Os pais fazem essa pergunta aos seus filhos, tipicamente recebendo a resposta “eu não sei”. Quando os filhos perguntam aos seus pais “por quê?”, a resposta típica é “porque eu mandei”. Nenhuma das duas respostas é satisfatória. Raramente há uma resposta boa e satisfatória para essa pergunta. No entanto, os cristãos geralmente perguntam a Deus “por quê?” quando acontecem coisas que eles não entendem ou de que não gostam. A Bíblia dá muitos exemplos: Jó, Jeremias, vários salmistas (p. ex., Sl 37; 49; 73 etc.). Raramente Deus dá uma resposta a essa pergunta. Ele afasta a atenção da circunstância que gerou a pergunta e a atrai a si mesmo, que é a resposta satisfatória final. A tensão entre o que sabemos sobre Deus (nosso credo) e o que estamos vendo que nos aborrece (nossa experiência) pode ser real, mas a solução é sempre desviar a atenção das circunstâncias para o Senhor. A fé liga nosso credo à nossa experiência.
B. As orações de Habacuque, embora tenham sido geradas por sua má compreensão e confusão sobre o que Deus estava fazendo, são muito instrutivas. A Bíblia registra orações inspiradas como padrões a serem seguidos. Se algo surge na superfície na oração de Habacuque, é sua honestidade e transparência perante Deus. Ele ousadamente derrama seu coração, expressando seu espanto sobre a justiça de Deus. Ele ora o que pensa. Muito frequentemente, nossas orações se tornam rotineiras e rígidas, elaboradas com chavões padronizados, quando tentamos mascarar diante de Deus nossos sentimentos. Semelhantemente, Jeremias era tão transparente em suas orações que certa vez acusou Deus de engano (Jr 20.7). Nunca devemos nos atrever a falar da boca para fora essas palavras. Contudo, muito frequentemente temos esses mesmos sentimentos quando as coisas não correm como achávamos que deveriam correr. Devemos ser reverentes, mas Deus conhece nosso coração e nossos sentimentos. Devemos aprender a recorrer a ele reverentemente em nossas orações, mas com ousadia, sabendo que ele é o Deus que ama ouvir nossas orações.
- Cântico: Hino 115 “Unido com Cristo”, do hinário Novo Cântico
- Oração: Encerre expondo suas angústias, receios e problemas para o Senhor. Descanse nele.
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